O REA Alentejo tem por objetivo geral reunir, produzir e divulgar o conhecimento necessário para identificar as estratégias, os métodos e as técnicas de restauro dos ecossistemas mediterrânicos no Baixo Alentejo interior, como forma de reduzir a sua vulnerabilidade à desertificação e os efeitos no fornecimento de serviços do ecossistema. Pretende-se criar um modelo replicável que permita restaurar a produtividade agrícola e florestal nas zonas semiáridas do sudeste de Portugal, que potencie uma melhoria da saúde do solo, do funcionamento dos ecossistemas e, consequentemente, da qualidade de vida das comunidades rurais. As atividades do projeto visam i) a proteção e reabilitação de solo e ecossistemas degradados em áreas suscetíveis à desertificação, através do mapeamento do potencial de sucesso de reflorestações em sistemas agroflorestais do semiárido, da sua beneficiação e restauro e da análise custo-benefício de diferentes modelos de intervenção, selecionando os mais adequados para as diferentes situações de partida; ii) a promoção do conhecimento científico relativo à regeneração da azinheira e do sobreiro face às condições climáticas previstas, testando medidas de apoio ao estabelecimento e sobrevivência inicial de destas espécies, de baixo custo e de custo mais elevado, em diferentes condições climáticas (simulação de seca) e microclimáticas (exposição solar contrastante), bem como testar a resistência à seca de propágulos de diferentes proveniências climáticas; iii) a avaliação experimental das alterações nos parâmetros pluviométricos e a cartografia do risco de desertificação e de hotspots de restauro. Os objetivos e resultados do REA serão divulgados junto do público-alvo do projeto, em especial na região do Alentejo.
COMPETE 2020 – Aviso nr 13/REACT-EU/2021 – Apoio à Transição Climática “Intervenções de resiliência dos territórios face ao risco |Combate à desertificação através da rearborização e de ações que promovam o aumento da fixação de carbono e de nutrientes no solo”.
Project Leader: Maria Bastidas (Associação de Defesa do Património de Mértola (ADPM);
Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, Junta de Freguesia da Cabeça Gorda & Câmara Municipal de Barrancos.
