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Programa Doutoral BIODIV: Entrevista com Raquel Gonçalves Mendes


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19/01/2018. Entrevista por Marta Daniela Santos.

E hoje terminamos o conjunto de entrevistas que temos vindo a publicar com alguns estudantes do Programa Doutoral em Biodiversidade, Recursos Genéticos e Evolução (BIODIV), com o intuito de dar a conhecer as suas histórias e a diversidade de projetos em que trabalham. Recordamos que termina já AMANHÃ, 20 de janeiro, o prazo para submissão de candidaturas às 12 Bolsas de Doutoramento a concurso para o BIODIV!

A entrevistada de hoje é Raquel Gonçalves Mendes: Raquel Mendes viu no Programa Doutoral BIODIV uma oportunidade de aprofundar o trabalho que já se encontrava a desenvolver com as Tettigettalna: um género de cigarras Mediterrâneas cujas espécies são muito semelhantes do ponto de vista morfológico, mas cujos sinais acústicos, característicos de cada espécie, podem estar sujeitos a seleção sexual. Raquel Mendes iniciou os seus estudos no Programa Doutoral BIODIV em 2015 e está integrada no grupo cE3c Computational Biology and Population Genomics – Cobig2:

 

Qual o tema do teu projeto de doutoramento?

Estou a trabalhar com um género de cigarras Mediterrâneas, as Tettigettalna. Estas espécies são muito semelhantes morfologicamente, mas produzem sinais acústicos específicos de cada espécie, que podem estar sujeitos a seleção sexual.

O objetivo principal é compreender melhor o papel e importância relativa de diferentes mecanismos – como seleção natural, seleção sexual e especialização ecológica – na divergência populacional e especiação deste grupo. Neste sentido, estou a aplicar uma abordagem multidisciplinar, analisando a divergência morfológica, acústica, ecológica e genética de todas as espécies do género. No final, todos estes fatores serão comparados e analisados em conjunto, o que permitirá clarificar a história evolutiva deste género.

Porque escolheste o Programa Doutoral BIODIV?

Os meus interesses de pesquisa focam-se essencialmente na ecologia evolutiva. E eu já me encontrava a trabalhar na evolução das Tettigettalnas antes de iniciar o doutoramento e queria continuar com esta linha de investigação. O programa Doutoral BIODIV deu-me essa oportunidade. Uma vez que o meu projeto envolve uma análise multidisciplinar que requer conhecimentos em diferentes áreas, tive a necessidade de um programa onde pudesse desenvolver todos esses conhecimentos. O BIODIV tem uma estrutura curricular muito variada e flexível, permitindo a cada aluno escolher as disciplinas que mais se adequam aos seus interesses e necessidades, nas duas Universidades que ministram o programa.

Além disso, o meu projeto envolve uma elevada componente bioinformática. O COBIG2, grupo de investigação do CE3C ao qual pertenço, dá-me todo o suporte que preciso nesta área, quer ao nível de conhecimentos quer ao nível de acesso às infra-estruturas computacionais necessárias.

Está a corresponder às tuas expectativas?

Maioritariamente sim. Tal como esperava, adquiri vários conhecimentos como parte do meu plano curricular que são essenciais para o meu projeto e que de facto utilizo diariamente. Na minha opinião esse é um dos pontos forte do programa, pois poupa-nos bastante tempo na procura e aquisição de conhecimentos. Por outro lado, o programa está em constante evolução e parece-me que tenta responder aos requisitos e necessidades dos alunos.

Queres deixar alguma mensagem aos estudantes que estejam a ponderar candidatar-se ao BIODIV?

Penso que o mais importante na escolha de um programa doutoral, é ponderar quais são os vossos interesses de pesquisa, descobrir aquele tema ou pergunta, que vos apaixona tanto, que estejam prontos para passar os próximos quatro anos a trabalhar exclusivamente nisso. Depois devem pesquisar investigadores e teses que correspondam a esses interesses e que melhor possam ajudar-vos a alcançar os vossos objetivos.


Tags: Cobig2

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