14/12/2020. Entrevista por Marta Daniela Santos. Na imagem: Cristina Branquinho, investigadora cE3c - Ciências ULisboa, Comissária da exposição 'Variações Naturais - Uma viagem pelas paisagens de Portugal'.
Uma viagem pelas paisagens e áreas protegidas de Portugal: é este o desafio que a exposição ‘Variações Naturais – Uma viagem pelas paisagens de Portugal’ faz a quem a visita, convocando todos os sentidos dos seus visitantes-viajantes.
O inaugurar da exposição no Museu Nacional de História Natural e da Ciência, em Lisboa, a 25 de novembro de 2020, representa o culminar de um processo de criação de dois anos que envolveu uma grande equipa e atravessou vários desafios – entre eles a pandemia que atualmente vivemos. Surge no âmbito das comemorações de Lisboa Capital Verde Europeia 2020, através da colaboração de várias instituições nacionais.
Cristina Branquinho, investigadora do cE3c e docente da Faculdade de Ciências de Universidade de Lisboa, é a Comissária desta exposição. Conta-nos como surgiu o convite para gerir este projeto e como foi este processo.
Qual foi o mote para criar esta exposição?
O mote para esta exposição foram as comemorações de Lisboa Capital Verde Europeia no ano 2020 e a vontade de José Sá Fernandes, Vereador do Ambiente da Câmara Municipal de Lisboa, em querer celebrar esse galardão de Lisboa com o resto do país. Durante esse processo surge ainda a parceria com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e com o Fundo Ambiental, que permitiram que esta exposição retrate as áreas protegidas portuguesas.
Como surgiu a oportunidade para a Cristina comissariar esta exposição?
Recebi um convite do Vice-Reitor José Manuel Pinto Paixão para comissariar a exposição e com base no mote inicial criar uma narrativa para a exposição.
Alguns dos momentos da exposição 'Variações Naturais - Uma viagem pelas paisagens de Portugal', patente ao público no Museu Nacional de História Natural e da Ciência, em Lisboa, até novembro de 2021. Fotografias de Guillaume Vieira e Nuno Correia.
Quais os principais desafios que encontraram neste processo?
O mais importante desafio desta exposição foi articular todas as equipas – entre 60 investigadores, dezenas de técnicos e designers, de várias instituições. A exposição conta com a participação ativa da Câmara Municipal de Lisboa, do Museu Nacional de História Natural e da Ciência, do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e com a empresa Toyno que acompanhou todo o processo.
Quais as vossas expectativas para este projecto?
Pretendemos encantar os visitantes nesta viagem impossível e levá-los a visitar as nossas paisagens e áreas protegidas.
À medida que foi trabalhando na exposição, houve algum elemento ou paisagem que mais a tenha surpreendido?
Nos workshops que decorreram com os 60 investigadores aprendi imenso dos mais diversos assuntos. Talvez uma das que gostei foi a descoberta de um musgo luminoso de grutas graníticas e que apenas alguns investigadores tinham tido a oportunidade de poder ver. Na exposição vamos todos poder ver esse musgo luminoso! [na imagem à esquerda, Cristina Branquinho junto à representação do musgo luminoso na exposição]
Vão surgir mais iniciativas ligadas à exposição, ao longo dos próximos meses?
Sim, a exposição vai lançar brevemente o catálogo e iremos ter uma programação associada à exposição.
Como resumiria a exposição numa frase?
É uma viagem impossível pelas paisagens de Portugal que convoca todos os sentidos.
A exposição ‘Variações Naturais – Uma viagem pelas paisagens de Portugal’ é organizada pela Câmara Municipal de Lisboa, em parceria com a Universidade de Lisboa e o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, e enquadra-se nas comemorações de Lisboa Capital Verde Europeia 2020. Pode ser visitada até novembro de 2021, no horário habitual do Museu Nacional de História Natural e da Ciência (alertamos para eventuais restrições ao horário devido a medidas tomadas no âmbito do combate à pandemia de COVID-19). Mais informações sobre a exposição disponíveis aqui.