6/11/2019. Texto adaptado de comunicado de imprensa disponibilizado no EurekAlert!, por Marta Daniela Santos. Na imagem: planeta Terra visto do espaço. ©: New York Public Library.
O alerta surge num artigo científico agora publicado na revista BioScience subscrito por mais de 11 mil cientistas de 153 países – entre os quais vários investigadores do cE3c.
Com base na análise da evolução de diversos indicadores mundiais ao longo dos últimos 40 anos, a equipa de autores liderada por William J. Ripple e Christopher Wolf (Oregon State University, EUA) e os mais de 11 mil cientistas de todo o mundo que assinam o artigo afirmam “de forma clara e inequívoca que o planeta Terra enfrenta uma emergência climática”.
Embora alguns dos indicadores analisados revelem uma tendência positiva face às alterações climáticas – como o declínio das taxas de natalidade e o aumento da utilização de energias renováveis, por exemplo –, os autores explicam que a maior parte destes indicadores são “profundamente preocupantes”, como o aumento do número de cabeças de gado, a perda global de cobertura de árvores e as emissões mais elevadas de dióxido de carbono, entre outros.
Os autores esperam que estes indicadores possam ser utilizados por legisladores, pelo setor privado, e pelo público para “compreender a magnitude desta crise, acompanhar o progresso e realinhar prioridades” para tornar menos severos os efeitos das alterações climáticas, como se lê no artigo.
Para este realinhar de prioridades os autores referem que serão necessárias “grandes transformações na forma como a nossa sociedade mundial funciona e interage com os ecossistemas naturais”, e identificam seis grandes objetivos: a reforma do setor da energia, a redução de poluentes de curta duração, o restauro dos ecossistemas, a otimização do sistema alimentar, o estabelecimento de uma economia livre de carbono e a estabilização da população humana.
Os autores terminam numa nota de otimismo tendo em conta a crescente onda mundial de preocupação com as alterações climáticas, mas reforçam que é fundamental agir rapidamente de forma a que se possa assegurar o futuro da vida no planeta Terra.