Reproductive constraints in frugivorous phyllostomid bats: seasonal and elevational variation in reproductive rates in the Brazilian Atlantic Forest

• Articles in SCI Journals
• Sep, 2019

Summary:

Reproductive rates in bats are higher when there is a greater availability of food, and when temperatures and rainfall are higher. Along elevational gradients, variation in these factors occurs over a small area, making them ideal natural laboratories for studies that aim to describe reproductive patterns and to identify possible vertical migrations for reproduction. We characterized the seasonal and elevational variation in reproductive rates of female and male Artibeus spp., Carollia perspicillata, and Sturnira lilium in the Brazilian Atlantic Forest. We sampled bats with mist nets at 13 sites in southeastern Brazil, between 23° and 24° of latitude, at elevations between 60 and 1,800 m a.s.l. The reproductive patterns of Artibeus spp. and S. lilium were seasonal, with higher reproductive rates in the period with higher rainfall, temperatures, and, consequently, greater availability of food. Moreover, elevation influenced reproductive activity in all study species. Reproductive rates for females of Artibeus spp. were higher at intermediate elevations (between 501 and 1,000 m a.s.l.), and for females of S. lilium at high elevations (above 1,000 m a.s.l.) with a less evident peak at intermediate elevations. Similarly, the proportions of reproductively active male Artibeus spp. and S. lilium were greater at intermediate and high elevations, respectively. In the dry season, reproductive rates of all females increased with local abundance of all females. Differences in reproductive rates along elevational gradients could influence population dynamics, and therefore entire elevational ranges should be protected to ensure conservation of the best reproductive habitats for a variety of bat species. Public policies are needed to ensure effective conservation of biodiversity, biological processes, and the ecosystem services provided by local fauna from the lower lands to the mountain peaks.

Taxas reprodutivas em morcegos são altas quanto há maior disponibilidade de alimento e quando temperatura e precipitação (ou pluviosidade) são mais elevadas. Ao longo de gradientes altitudinais, a variação destes fatores ocorre em uma pequena área, tornando estes locais em laboratórios ideais para estudos com o objetivo de descrever padrões reprodutivos e para identificar possíveis migrações verticais para a reprodução. Nós caracterizamos a variação sazonal e altitudinal nas taxas reprodutivas de fêmeas e machos de Artibeus spp., Carollia perspicillata e Sturnira lilium na Floresta Atlântica brasileira. Nós amostramos morcegos com redes de neblina em 13 sítios no sudeste do Brasil, entre 23° e 24° de latitude, em altitudes entre 60 e 1.800 metros acima do nível do mar. Nossos resultados mostraram que Artibeus spp. e S. lilium tem um padrão reprodutivo sazonal, reproduzindo-se mais no período com maior quantidade de chuvas, temperatura e, consequentemente, maior disponibilidade de alimento. Além disso, nós encontramos que a altitude influencia a atividade reprodutiva em todas as espécies estudadas. A taxa reprodutiva das fêmeas de Artibeus spp. foi alta em altitudes intermediárias (entre 501 e 1.000 metros de altitude), e para as fêmeas de S. lilium foi alta em elevadas altitudes (acima de 1.000 metros de altitude), com um pico reprodutivo menos evidente em altitudes intermediárias. Igualmente, a proporção de machos reprodutivamente ativos de Artibeus spp. e S. lilium foi maior em altitude intermediária e elevada, respectivamente. Na estação seca houve um incremento na taxa de fêmeas reprodutivas com a abundância local de todas as fêmeas. Mudanças nas taxas reprodutivas podem ter enormes implicações para a dinâmica populacional e, portanto, toda área de gradientes altitudinais deve ser protegida para garantir a conservação dos melhores habitats reprodutivos para uma variedade de espécies de morcegos. Políticas públicas são necessárias para garantir a conservação efetiva da biodiversidade, dos processos biológicos e dos serviços ecossistêmicos fornecidos pela fauna local, desde as terras mais baixas até os picos das montanhas.

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https://academic.oup.com/jmammal/article-abstract/100/2/487/5377941