_{4/05/2017. Texto por Marta Daniela Santos.}

No passado dia 1 de maio as investigadoras cE3c Cristina Branquinho e Paula Matos apresentaram na Sede das Nações Unidas o seu trabalho sobre líquenes como um novo indicador global para avaliar a “saúde” dos ecossistemas – neste caso, das florestas – face aos efeitos das alterações climáticas. A apresentação fez parte de uma das sessões do 12º Fórum das Nações Unidas sobre Florestas, que decorre em Nova Iorque até 5 de maio.

Cristina Branquinho e Paula Matos, do cE3c - Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, apresentaram a comunicação “A new global indicator to track the effects of climate change on forests”, que representa o culminar de um trabalho que envolveu investigadores do eChanges-cE3c, da Universidade Rey Juan Carlos (Espanha), da Universidade de Génova (Itália) e do Serviço de Florestas do Departamento de Agricultura dos EUA, entre outros.

Neste trabalho, os investigadores sublinham a necessidade de indicadores globais para avaliar os efeitos das alterações climáticas e o impacto das políticas de adaptação e mitigação. Demonstrando que é possível integrar à escala global os resultados obtidos através dos dois métodos mais utilizados mundialmente para avaliar a “saúde” dos ecossistemas a partir dos líquenes que neles se encontram – os métodos Europeu e Norte-Americano (EUA) -, propõem assim que os líquenes sejam considerados um indicador ecológico global e possa ser incluído na lista de indicadores das Nações Unidas.

Esta comunicação fez parte de um evento paralelo do 12º Fórum das Nações Unidas sobre Florestas, que teve lugar a 1 de maio, organizado pela IUFRO (International Union for Forest Research Organization). O 12º Fórum das Nações Unidas sobre Florestas decorre até 5 de maio.

Relacionado: 

Os líquenes e a "saúde" dos ecossistemas: estamos mais próximos de um indicador ecológico global

Blog post sobre apresentação de Cristina Branquinho e Paula Matos nas Nações Unidas