21/09/2020. Texto de Francisco Dionísio, editado por Marta Daniela Santos. Imagem de destaque por Tumisu | Pixabay. À esquerda, graphical abstract do artigo.
Um grupo de investigadores do Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais - cE3c e do Instituto Nacional de Investigação Agrária e veterinária – INIAV, publicou um artigo de opinião na revista mSphere, onde reflete como o distanciamento social implementado para contenção da disseminação da COVID-19 pode constituir uma faca de dois gumes, com impactos negativos e positivos na dinâmica genómica do microbioma humano.
No artigo de opinião agora publicado, intitulado The Social Distancing Imposed To Contain COVID-19 Can Affect Our Microbiome: a Double-Edged Sword in Human Health, os autores levantam a hipótese de que o distanciamento social e as regras de higiene impostas podem ter duas consequências opostas para a COVID-19. Por um lado, pode alterar a diversidade de microrganismos no ser humano, levando a um pior prognóstico da doença COVID-19. Por outro lado, e como efeito positivo, o isolamento social pode também retardar a disseminação de microrganismos resistentes a antibióticos.
O artigo foi alvo de um comunicado de imprensa pela American Society for Microbiology – ASM, editora da revista mSphere, disponível aqui.
Referência do artigo:
Domingues CPF, Rebelo JS, Dionisio F, Botelho A, Nogueira T. (2020). The social distancing imposed to contain COVID-19 can affect our microbiome: a double-edged sword in human health. mSphere 5:e00716-20. https://doi.org/10.1128/mSphere.00716-20