Chá dos Açores

  • Books (editor)
  • Jun, 2016

Vieira, V. (Ed.) (2016) Chá dos Açores. Confraria do Chá Porto Formoso, Ponta Delgada. 150 pp.

Summary:

O chá de Camellia sinensis é, depois da água, a bebida mais consumida no Mundo. A sua popularidade é atribuída às suas propriedades organoléticas, ao seu baixo custo, aos seus efeitos estimulantes e, sobretudo, aos seus potenciais efeitos benéficos para a saúde humana, devido às suas propriedades antioxidantes.

O chá é cultivado, produzido e consumido há mais de um século nos Açores, sobretudo na ilha de São Miguel, onde atualmente existem as duas únicas unidades de produção agroindustrial de chá na Europa, Porto Formoso e Gorreana. O chá açoriano é uma pérola do oceano Atlântico, no dizer de Sun Lam. No entanto, são raros os trabalhos de investigação publicados sobre o mesmo.

O livro «Chá dos Açores» cumpre assim um duplo objetivo: comemorar o décimo aniversário da Confraria do Chá Porto Formoso (2006-2016) e colmatar a falta de sistematização e salvaguarda dos factos relevantes em volta do chá, para a memória coletiva futura, respeitando o rigor científico, a história, as tradições e os valores inerentes a tão rico património cultural material e imaterial.

O livro reúne os contributos de três dezenas de autores, cujos saberes multidisciplinares confluem em 23 capítulos, incluindo os agradecimentos (ver Índice). Estes estão numerados e arrumados por eventos ocorridos, desde a introdução da cultura agrícola, passando pela industrialização e promoção, até à degustação do chá, isto num contexto da sua valorização nos aspetos económico, gastronómico, turístico, cultural e social. Os textos refletem estritamente as opiniões dos seus autores, estando escritos segundo o novo acordo ortográfico. As notas de rodapé, as figuras (as fotos são apenas legendadas) e as tabelas/quadros estão numerados por capítulo. A bibliografia inclui as publicações citadas/consultadas, seguindo o critério de ordenação “último nome do autor e data da publicação”. Também, o termo «chá» é aqui usado quer no sentido de chazeiro, planta e cultura de Camellia sinensis, quer significando o verdadeiro chá, produto aromático e saboroso resultante da infusão das folhas desta camélia.

Assim, lendo os vários capítulos de «Chá dos Açores», e saboreando o tradicional ‘chá das cinco’, viajamos culturalmente com o chá do Oriente para os Açores (capítulo 1), onde aprendemos as características do solo (2) e do clima (3) que facilitam a sua cultura na ilha de São Miguel (4), conhecemos a localização dos espaços de transformação da folha de chá - fábrica, oficina, oficina de manipulação ou casa (5), descobrimos as potencialidades da produção de chá “índia” (6), a riqueza da composição química do chá açoriano (7), a sua importância na dieta (8) e na saúde humana (9), narramos a história e a importância das fábricas de chá na indústria micaelense (10, 11, 12), trajamos à moda da época (13), enriquecemos o cancioneiro musical com a apanha do chá (14), teatralizamos estórias de vida e de afetos (15), pintamos as cores e os sabores do chá (16, 17), marcamos os encontros à mesa com poesia (18), doces e cocktails de chá (19), revelamos o valor ecológico do chá (20), perspetivamos o futuro do chá dos Açores (21), que a Confraria do Chá Porto Formoso se propõe a promover (22), eficamos imensamente gratos aos autores, colaboradores e patrocinadores (23), bem como aosapreciadores do chá e leitores, em geral, a quem se destina esta obra.


Team

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