Esta Terça-feira dia cinco de Julho, pelas 14:30, a Ana Júlia Pereira vai falar-nos sobre a importância da gestão tradicional dos olivais de sequeiro na conservação da flora ameaçada do baixo Alentejo

As comunidades de plantas associadas aos sistemas agrícolas de sequeiro que ocupam os solos básicos não calcários do Baixo Alentejo, são de uma enorme riqueza e originalidade biogeográfica e apresentam uma ecologia adaptada à perturbação regular do solo pelas lavras.
Fazem parte destas comunidades espécies como, Linaria ricardoi, endemismo português, e Anchusa puechii, endemismo ibérico, que habitam, atualmente, quase exclusivamente nos olivais tradicionais de sequeiro. O declínio das suas populações provocado pela intensificação agrícola e pela conversão das culturas de sequeiro em culturas intensivas de regadio, é a causa principal da sua atual categoria de ameaça de risco de extinção. E este é um padrão comum a várias outras plantas arvenses que estão também ameaçadas.
Nesta apresentação iremos focar-nos nos efeitos que o tipo de gestão nos olivais de sequeiro pode ter sobre estas espécies, fazendo também uma contextualização sobre a história evolutiva destas comunidades, que nos ajudará a compreender a dependência destas plantas da gestão tradicional, em particular da lavra.

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