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Novo estudo acompanha as transformações do genoma do cavalo desde a domesticação

6/05/2019. Texto adaptado da notícia FCUL por Marta Daniela Santos. Na imagem: Cavalos ibéricos (raça Sorraia, Portugal) criados em regime extensivo. Fotografia de Maria do Mar Oom.

Um novo artigo agora publicado na revista científica Cell, disponível aqui, acompanha a uma escala geográfica global as transformações do genoma do cavalo desde as primeiras etapas da domesticação. Da equipa internacional de investigadores fazem parte Maria do Mar Oom, investigadora do cE3c (FCUL), e as antigas colaboradoras do cE3c Cristina Luís e Raquel Matoso Silva.

A domesticação do cavalo revolucionou a guerra e acelerou as viagens, o comércio e a expansão geográfica das línguas. Neste artigo, uma equipa internacional de 121 investigadores apresenta aquelas que são à data as mais extensas séries temporais de DNA para um organismo não-humano, reunindo dados de 278 espécimes de cavalos, abrangendo os últimos 42 000 anos.

Os resultados permitem concluir que duas linhagens de cavalos, agora extintas, viviam na Península Ibérica e na Sibéria há cerca de 5000 anos – estes antepassados terão contribuído de forma limitada para os cavalos modernos domesticados – e que os cabalos orientais tiveram uma forte influência genética no último milénio.

Este trabalho resulta da colaboração de arqueólogos, geneticistas e biólogos evolutivos de 85 instituições científicas, sendo liderado por Ludovic orlando, professor do CNRS/Universidade de Paul Sabatier, em França e da Universidade de Copenhaga, na Dinamarca. A investigação contou com o apoio do Conselho Europeu de Investigação e da Fundação Velux e faz parte do projeto PEGASUS, com duração prevista até 2021.

 

Referência do artigo:

Fages A. et al. (2019) Tracking Five Millennia of Horse Magagement with Extensive Ancient Genome Time Series. Cell 177, 1–17. https://doi.org/10.1016/j.cell.2019.03.049

 

 

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