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Primeiro passo para a criação da Rede Portuguesa de Restauro Ecológico


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28/03/2019. Texto de Alice Nunes e Patrícia Rodríguez González, editado por Marta Daniela Santos. Fotografias de Patrícia Rodríguez González.

Realizou-se no passado dia 21 de março, na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL), o 1º Encontro com vista à criação de uma Rede Portuguesa de Restauro Ecológico. Esta Rede tem como principal objetivo promover a comunicação e colaboração entre profissionais/especialistas na recuperação de ecossistemas degradados no contexto português, promovendo assim o restauro ecológico em Portugal, e será formalizada no 15º Congresso da Federação Europeia de Ecologia, que se realiza em Lisboa entre 29 de julho e 2 de agosto de 2019.

O Encontro contou com a presença de 53 profissionais de restauro ecológico vindos de norte a sul do país – na sua maioria investigadores, mas também profissionais da administração pública, entre os quais representantes do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), de empresas públicas e privadas, organizações não governamentais, e também estudantes e sociedade civil.

Alice Nunes, investigadora do Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais – cE3c (FCUL), e Patricia Rodríguez González, investigadora do Centro de Estudos Florestais – CEF (Instituto Superior de Agronomia), são as organizadoras desta iniciativa, em linha com a declaração de 1 de março de 2019 da Década das Nações Unidas sobre Restauro de Ecossistemas 2021-2030, pela assembleia Geral da Organização das Nações Unidas.

“Para nós era necessário e urgente criar este espaço de encontro e discussão – e a receção positiva que temos tido mostra-nos que esta é uma vontade partilhada pelos colegas que trabalham nesta área”, explica Alice Nunes. “Pretendemos que esta Rede seja não só um canal de comunicação entre os profissionais de restauro ecológico em Portugal e a nível internacional, como um ponto de partida para partilhar este conhecimento através de formação técnica, transferência e troca de informação com decisores políticos e ações de divulgação e sensibilização com a sociedade”, acrescenta a investigadora.

Já mais de 90 profissionais manifestaram interesse em integrar a Rede, representando áreas tão diversas como a recuperação de áreas ardidas, controlo e erradicação de espécies invasoras, restauro de florestas e agro-florestas, de pedreiras e minas, áreas afetadas pela construção de infra-estruturas (como estradas, por exemplo), áreas urbanas, rios e zonas húmidas, zonas costeiras incluindo sistemas dunares, ecossistemas marinhos (pradarias marinhas, por exemplo) e ecossistemas insulares.

Os próximos passos desta Rede vão passar pela criação de grupos de trabalho representativos de todo o país e todos os parceiros envolvidos, de forma a colocar em prática as ações e objetivos delineados neste primeiro Encontro.

A criação desta Rede conta com o apoio da Society for Ecological Restoration Europe e da Sociedade Portuguesa de Ecologia – SPECO, entre outras associações científicas. “Pretendemos que esta seja uma Rede aberta e inclusiva, assente na participação e empenho de todos os que trabalham em restauro ecológico em Portugal”, conclui Alice Nunes.

Os investigadores interessados em participar na Rede Portuguesa de Restauro Ecológico devem contactar as investigadoras Alice Nunes e Patrícia Rodríguez González., para o e-mail rede.portuguesa.restauro@gmail.com

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