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Arranca amostragem pioneira no âmbito do projeto da Lista Vermelha de Invertebrados de Portugal


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11/03/2019. Texto adaptado dos comunicados emitidos pela Lista Vermelha de Invertebrados Terrestres e de Água Doce de Portugal Continental e pela FCUL, por Marta Daniela Santos.

Fotografia: Borboleta da espécie Euphydryas aurinia. Foto de Albano Soares.

Arranca este mês um plano de inventariação sistemática de insetos inédito em Portugal Continental, no âmbito do projeto Lista Vermelha de Invertebrados Terrestres e de Água Doce de Portugal Continental, cuja coordenação científica está a cargo do cE3c. Até agosto de 2019 serão realizadas 12 missões, do Algarve ao Minho, entre as quais seis sessões abertas ao público.

No âmbito deste plano de inventariação inédito em Portugal Continental serão visitados os 61 Sítios de Importância Comunitária da Rede Natura 2000, com a aplicação de diversas metodologias de amostragem. Estão definidos 200 pontos de amostragem, do Algarve ao Minho.

“Este trabalho será determinante para obter informação atualizada sobre a distribuição das espécies, especialmente em relação às 11 espécies de insetos listadas na Diretiva Habitats e, como tal, protegidas em território nacional. Contribuirá também para o melhor conhecimento da diversidade, biologia e ecologia das espécies da nossa entomofauna, permitindo assim avaliar o seu risco de extinção em Portugal Continental”, explica em comunicado Carla Rego, coordenadora executiva do projeto e investigadora do Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais – cE3c.

A equipa do projeto convida também a sociedade a participar: os interessados podem participar aos domingos de manhã, uma vez por mês, numa série de seis sessões públicas em que os investigadores estarão disponíveis para dar a conhecer o projeto e envolver os participantes na recolha de informação utilizando diferentes metodologias – o calendário de sessões abertas ao público está disponível no mapa à esquerda.

No âmbito deste estudo será também possível avaliar o risco de extinção de espécies alvo pertencentes a outros grupos de invertebrados, como aranhas, crustáceos de água doce, gastrópodes e bivalves; estando previsto ainda a criação de uma plataforma web de armazenamento e gestão de informação, que deverá potenciar a sensibilização da sociedade para a conservação de invertebrados em Portugal.

O projeto Lista Vermelha de Invertebrados Terrestres e de Água Doce de Portugal Continental teve início em junho de 2018. É financiado pelo POSEUR - Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos e pelo Fundo Ambiental e tem como beneficiário a FCiências. ID - Associação para a Investigação e Desenvolvimento de Ciências e como parceiro o Instituto para a Conservação da Natureza e das Florestas - ICNF.

A coordenação científica é do polo da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa do cE3c - Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais e conta como parceiros de execução o TAGIS - Centro de Conservação das Borboletas de Portugal, a BIOTA – Estudos e Divulgação em Ambiente e a Associação Biodiversidade para Todos.

Participam também diversas entidades, como a SPEN - Sociedade Portuguesa de Entomologia e o IPM – Instituto Português de Malacologia, e quase uma centena de investigadores pertencentes a centros de investigação de todo o país e de instituições estrangeiras.

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