13/07/2017. Texto de Marta Daniela Santos.
A fotografia de capa da edição de julho da Methods in Ecology and Evolution tem autoria portuguesa: a investigadora cE3c Paula Matos, primeira autora do estudo “Tracking global change using lichen diversity: towards a global-scale ecological indicator”, publicado nesta edição da revista científica.
Na imagem, vemos o líquen Xanthomendoza fulva (Hoffm.) a crescer no tronco de uma árvore. A fotografia foi captada por Paula Matos numa floresta do condado de Siskiyou, ao longo da fronteira entre os estados de Oregon e Califórnia, nos Estados Unidos da América.
O estudo agora publicado na edição em papel [e que já havia sido notícia aqui e em diversos órgãos de comunicação social] demonstra pela primeira vez que é possível integrar à escala global os resultados obtidos através dos dois métodos mais utilizados mundialmente para avaliar a “saúde” dos ecossistemas a partir dos líquenes que neles se encontram.
Este resultado, fruto da colaboração entre investigadores do cE3c e do Serviço de Florestas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, representa um passo fundamental para que os líquenes possam ser considerados um indicador ecológico à escala global e possam ser incluídos na lista de indicadores das Nações Unidas.
Recorde-se que Cristina Branquinho (cE3c, coordenadora deste estudo) e Paula Matos estiveram recentemente nas Nações Unidas a apresentar este trabalho, no âmbito do 12º Fórum das Nações Unidas sobre Florestas (notícia aqui).
(*) Matos, P., Geiser, L., Hardman, A., Glavich, D., Pinho, P., Nunes, A., Soares, A. M. V. M. & Branquinho, C. (2017) Tracking global change using lichen diversity: towards a global-scale ecological indicator. Methods in Ecology and Evolution.